Sao Tome
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Manifestação pacifica nas ruas: Nações Unidas, atenta ao caso do recluso “Lucas”

Uma marcha pacifica e “anímica” de protesto contra violação dos direitos humanos, a favor de Bruno Afonso Lima, vulgo “Lucas” único sobrevivente civil que se encontra na cadeia na penitenciaria de São Tomé, percorreu as ruas da capital num raide de dois quilómetros, da praça da independência a sede das Nações Unidas em São Tomé.

Esta terça-feira São Tomé e Príncipe registou a segunda manifestação de protesto contra o caso de 25 de novembro, desta vez, para condenar o estado de saúde de Bruno Afonso Lima vulgarmente conhecido por Lucas.

Lucas é inocente, Governo está a matar Lucas” são estas e dentre outras mensagens afixadas em pequenos cartazes, que familiares próximos de Bruno Afonso Lima, transportavam nas mãos, numa marcha lenta de protesto face aos “maus-tratos e tortura” que único recluso civil foi alvo entre (24 à 25 de novembro) do ano passado durante o assalto ao Quartel das Forças Armadas de São Tomé.

Bruno Afonso Lima, de 42 anos de idade recorde-se cumpri há já quatro meses, prisão preventiva na Penitenciaria de São-Tomé.

Os seus familiares relatam que o Lucas tem problemas de saúde interna graves nomeadamente de (Orologia, Oftalmologia, Neurologia). Acusações contrariadas pelo Governo através da Ministra da Justiça, e mais tarde pelas plataformas da sociedade civil.

Dizem que o Bruno sofre de várias lesões físicas, resultantes de muita purada, por ele também confessada numa gravação publicada nas redes socias em que o mesmo divulga segredo do caso 25 de novembro.

Segundo os seus familiares Vicente Lima(tio) e Benvinda Lima(mãe), o recluso encontra-se entre a vida e a morte, devido o seu estado de saúde coadjuvado pela falta de cuidados médicos especializados.

Vicente Lima – Na foto à direita

Lucas é totalmente inocente e os outros quatro que faleceram também são inocentes “afirmou, Vicente Lima, durante a marcha intercalada com a mítica música de “massacre de 53.

Assegurada por um forte dispositivo policial, ao longo dos cerca de dois quilómetros de percurso da “Praça da Independência” no coração da cidade de São Tomé até a sede das Nações Unidas no arquipélago, os familiares de Bruno Afonso Lima, foram recebidos por Eric OverVest, Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas no arquipélago.

Na petição entregue no envelope aberto, contém uma petição em formato de papel e digital acompanhada de gravações em vídeo do recluso Lucas suportados numa pen-drive.”

Vicente Lima, porta-voz e representante da família de Lucas, reportou a OverVest, o enredo em que no seu entender foi preparado para culpabilizar o seu sobrinho” não recebeu cuidados médicos desde dos primeiros dias que foi torturado pelos militares.”

Para o tio de Lucas “houve violações de direitos humanos” tendo reforçado que o seu sobrinho por duas vezes a “perdeu os sentidos” na polícia judiciaria (PJ).

Eric OverVest – Representante do Sistema das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe

Eric OverVest, prometeu aos familiares de Lucas que irá “ler com atenção a petição e submeterá mais tarde ao escritório do Alto Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas”.

Agradeceu pela forma ordeira como decorreu a marcha e recordou que as portas das Nações Unidas estão sempre abertas para todos”

Na ultima sexta-feira, Óscar Baia, demitiu-se das funções de Presidente da Liga dos Direitos Humos em São Tomé e Príncipe, devido aos ataques que classificou “grosseiros a sua dignidade e honra.”

São-tomenses radicados na diáspora acusaram Óscar Baia de ter tido posicionamento duvidoso desde início dos acontecimentos o que levou os internautas a concluírem que o ativista foi “comprado pelo Governo atual, para proferir declarações à favor do executivo”. Declarações que segundo disse são infundadas, por isso decidiu-se bater-se com a porta.

Por Ramusel Graça / Jornal 31