Foi durante a visita do Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas Abdulla Shahid na última quinta-feira, que o governo anunciou as dificuldades de São Tomé e Príncipe, para atingir a categoria de país de desenvolvimento médio no ano 2024.
A graduação do país, para desenvolvimento médio foi um dos temas da reunião entre o Primeiro-ministro Jorge Bom Jesus e Abdulla Shahid Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, que pela primeira vez visitou em São Tomé e Príncipe.
No ano 2017 a ONU fixou o ano 2021 como sendo a meta para São Tomé e Príncipe ascender a categoria de país de desenvolvimento médio. No entanto o prazo foi prorrogado, porque o país não reunia condições em termos de indicadores sociais e económicos.
2024 foi indicado como o ano histórico, a meta estipulada pela ONU para o arquipélago ser graduado como país de desenvolvimento médio.
«Estamos a ser avaliados em função dos nossos indicadores sociais. Indicadores que foram sacrificados pela Pandemia», afirmou Jorge Bom Jesus, ladeado pelo Presidente da Assembleia Geral das nações Unidas.
A Covid-19 provocou baixa dos indicadores sociais. A caminhada para o desenvolvimento médio abrandou. «O governo e os outros órgãos de soberania, têm que se sentar para aferir da oportunidade deste processo e se estamos em condições de sermos graduados em 2024», precisou o primeiro-ministro.
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Segundo Jorge Bom Jesus, para São Tomé e Príncipe a graduação como país de desenvolvimento médio tem mais desvantagens do que vantagens.
«Se formos graduados passaremos a perder os privilégios dos países menos desenvolvidos, em que temos tudo de borla, o afabal como dizemos, acaba. Naturalmente tudo isso tem que ser repensado, e feito em concertação», sublinhou.
São Tomé e Príncipe admite a possibilidade de pedir mais um alargamento do prazo. Possibilidade sugerida ao Estado são-tomense pelo próprio Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas Abdulla Shahid.
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As Nações Unidas, são também um dos principais parceiros do país na promoção e fortalecimento do sistema democrático. Jorge Bom Jesus destacou o apoio sempre presente da ONU durante os processos eleitorais.
«Os holofotes do mundo já estão sobre nós, porque temos as eleições já na vizinhança. Estamos a contar com o apoio incondicional das nações unidas. O país pela sua tradição democrática abriu as suas janelas para os observadores internacionais, para que tudo decorra de forma transparente», acrescentou o chefe do governo.
Democracia, desenvolvimento e combate aos efeitos das mudanças climáticas, dominaram a reunião entre o Governo e o Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Abel Veiga
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